Efeitos colaterais do tratamento
A maioria dos pacientes queixa-se de sintomas gripais na fase inicial da terapêutica, sintomas estes que tendem a diminuir com a continuação do tratamento.
Reações adversas do interferon:
Fadiga e cansaço.
Depressão da medula óssea- queda de leucócitos e neutofilos (glóbulos brancos)
Sintomas neuropsiquiátricos (apatia, alterações cognitivas, irritabilidade e depressão).
Boca seca, fissuras na orofaringe, descamação da pele, propensão maior a queda de cabelos e emagrecimento.
Reações adversas da ribavirina:
Anemia
A ribavirina pode induzir uma anemia hemolítica e constitui um problema nos doentes com anemia pré-existente, depressão da medula óssea ou insuficiência renal.
Nestes doentes a terapêutica combinada não está indicada, a não ser depois de corrigir a anemia. A anemia hemolítica provocada pela ribavirina é um fator de risco em doentes com doença cardíaca isquêmica ou doença vascular cerebral.
A ribavirina é teratogênica e os doentes do sexo feminino não devem engravidar durante o tratamento. Na eventualidade de ocorrer uma gravidez durante o tratamento, este deve ser imediatamente suspenso. A contracepção deve ser igualmente praticada pelas parceiras sexuais dos indivíduos do sexo masculino em tratamento. Quando um dos elementos do casal efetuou tratamento com ribavirina só se aconselha a concepção seis meses depois do final da medicação.
Conclusões:
Quanto ao genótipo 1, é preferível o emprego combinado de um dos interferons peguilados com ribavirina, esta em doses relacionadas ao peso do paciente.
Quanto aos genótipos 2 e 3, não vemos necessidade de utilizar-se IFN-PEG. Em pacientes cirróticos, deve-se aumentar a dose e freqüência do IFN-a (indução).
Vantagens dos IFN - Peguilados
1. Comodidade de administração.
2. Eficácia significativamente superior ao IFN-a quando este é utilizado no esquema clássico (3MU – 3x por semana, em relação ao genótipo 1.
3. Provável maior aderência
Aspectos polêmicos em relação aos IFN peguilados
1. Opinião conflitante quanto às possíveis vantagens sobre o IFN convencional nos pacientes com genótipos 2 e 3.
2. Eficácia semelhante entre doses de 1,0 mg e 1,5 mg/kg peso do PEG-IFN-a-2b na monoterapia com IFN
3. Inconveniência de dose única (180mg) do PEG-IFN-a-2a quando o paciente necessita de doses menores (exemplo: manutenção)
4. Nos três grandes estudos prospectivos randomizados, a comparação entre IFN-PEG e IFN-a foi feita com esquema de 3MU – 3x/semana, que apresenta menor chance de resposta
5. Pequena diferença nos resultados de RVS em pacientes com genótipos entre IFN-PEG e IFN-a em esquema de indução
6. Importância crescente da Ribavirina