Dra. Eloíza Quintela

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Desde 01/08/2007

Interferons Peguilados No Tratamento Da Hepatite C

Com o processo de peguilação, a vida média do Interferon elevou-se até 10 vezes, mantendo os níveis séricos da droga durante mais tempo do que o Interferon convencional.

Com isso, essa nova formulação adquiriu a vantagem posológica da administração uma única vez por semana em lugar de três vezes preconizada para o interferon convencional.

O Interferon peguilado pode alcançar 168 hs de vida média permitindo aplicar o racional de melhor ação na cinética viral e redução do risco da emergência de cepas resistentes.

Em estudos iniciais foi aferida a dose ideal, a segurança e a eficácia das drogas em pacientes com hepatite crônica C, com reserva funcional hepática satisfatória e escore de fibrose hepática inferior a 4.

Os efeitos colaterais experimentados pelos pacientes que receberam Interferon peguilado foram semelhantes àqueles referidos pelos pacientes tratados no grupo com Interferon alfa-2a 3x/semana.

De maneira semelhante à terapêutica clássica, a neutropenia e a plaquetapenia são reações comuns. Associação Americana pa Estudo do Fígado (AASLD), através de estudos avaliou a resposta precoce ao tratamento e com Interferon Peguilado e Ribavirina e observou negativação do RNA viral em 51% dos pacientes com Genótipo 1 já na 4a semana de tratamento.

No grupo com genótipo 3 a resposta precoce alcançou 97%. Resultados favoráveis na resposta precoce também foram observados a pacientes de difícil tratamento: Negros portadores do genótipo 1.

Resultados promissores também foram encontrado nos pacientes em Hemodiálise tratados com Interferon Peguilado em monoterapia.

Conclusões
1. O interferon peguilado em monoterapia é muito superior ao Interferon clássico.
2. O Interferon Peguilado pode ser uma opção para monoterapia em pacientes intolerantes ou com contra-indicações a ribavirina.
3. O interferon peguilado tem vantagens no tratamento de pacientes cirróticos
4. A terapia conjugada com Interferon Peguilado e Ribavirina é superior a bi-terapia com tratamento clássico, sobretudo nos pacientes portadores do genótipo 1, virgens de tratamento.
5. A tolerância do esquema com interferon Peguilado é semelhante ao esquema clássico, embora o risco de leuco e plaquetopenia seja mais elevado.
6. A qualidade de vida nos pacientes que usaram o interferon peguilado foi melhor (QOL escore) do que naqueles pacientes tratados com esquema clássico.