Dra. Eloíza Quintela

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Desde 01/08/2007

O valor clínico da negativação da carga viral na 12º semana:

Quando os pacientes têm uma resposta mantida, definida pela normalização das transaminases e pela negativação do ARN-VHC avaliada seis meses depois da suspensão da terapêutica.

Durante a terapêutica combinada, alguns respondedores mantidos mostram o desaparecimento do ARN-VHC sérico tardiamente, após o sexto mês de terapêutica.

5-10% dos doentes com ARN-.VHC positivo, após 3 meses de terapêutica, podem vir a eliminar o ARN-VHC depois de 6 meses, e manter a resposta ao tratamento, motivo pelo qual não se deverá interromper esta terapêutica antes dos 6 meses.

Muitos destes doentes registam também uma melhoria significativa das lesões histopatológicas (através da biópsia).

Doses mais elevadas de interferon podem ser usadas no contexto de protocolos terapêuticos, doses mais elevadas ou períodos de tratamento mais prolongados aumentam a percentagem das respostas mantidas.

O genotipo e o valor inicial da carga viral são fatores importantes e independentes da resposta mantida ao tratamento com o interferon.

Pode estimar se que a percentagem de respostas mantidas é de cerca de 5% nos doentes infectados com o genotipo 1 e de cerca de 30%  a 50% nos doentes infectados com os genotipos 2 e 3.
A percentagem de respostas é também muito baixa nos doentes infectados com o genotipo 4.

As percentagens de respostas mantidas são de 6%, 14% e 37% nos doentes com cargas virais elevadas, médias e baixas, respectivamente. A definição de carga viral elevada e baixa varia nos diferentes trabalhos publicados e depende do método usado para quantificar o ARN-VHC. Geralmente é utilizado um limiar de 2 milhões de equivalentes de genoma por ml.

Nos doentes que não responderam até ao final do tratamento (definidos como não respondedores), que têm transaminases persistentemente elevadas e o ARN-VHC detectável no soro depois de 3 a 6 meses do início do tratamento muito provavelmente não vão responder e o tratamento deve ser suspenso. Porém existem consensos com o uso de interferons peguilados em combinações terapêuticas (ribavirina, amantadina),etc.