Dra. Eloíza Quintela

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Desde 01/08/2007

Doença hepática associada ao álcool

O alcoolismo é um problema que acomete mais os homens do que as mulheres. Jovens do sexo masculino com história de alcoolismo na família e dificuldade de relacionamento fazem parte da população de risco para o alcoolismo.

A maioria das pessoas que consomem álcool não sofre danos significativos no fígado. Entretanto, o consumo crônico e/ou excessivo de álcool pode causar uma variedade de problemas hepáticos incluindo excesso de gordura no fígado (esteatose), hepatite alcoólica (inflamação), e finalmente cirrose (dano permanente ao fígado).

A hepatite alcoólica e cirrose alcoólica desenvolvem-se em aproximadamente 15 a 20% dos alcoólatras. Em outras palavras, quer dizer que 1 em cada 5 alcoólatras vão ter problemas de saúde grave relacionadas ao álcool.

Estas pessoas poderão morrer de insuficiência hepática (fígado para de funcionar), causado por uma hemorragia digestiva, infecção, ou insuficiência renal (rins param de funcionar).

O transplante de fígado só é permitido a pacientes que se afastam do álcool por um período de vários meses.

Porque algumas pessoas que ingerem álcool tem doenças hepáticas e outras não, ainda não está bem esclarecido, mas alguns estudos apontam para uma predisposição genética. Algumas pessoas são geneticamente mais susceptíveis aos efeitos do álcool do que outras e não existem testes laboratoriais para se determinar quem é e quem não é.

Atualmente a cirrose está entre as sete maiores causas de morte no mundo ocidental. A causa mais comum da cirrose é o alcoolismo. Ainda, o abuso de álcool aumenta o risco de pancreatite (inflamação do pâncreas), miocardiopatias (doença do músculo do coração), traumas (secundários a acidentes por embriagues) e o desenvolvimento inúmeras doenças em recém nascidos de mães alcoólatras.