Dra. Eloíza Quintela

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Desde 01/08/2007

Síndrome Convulsiva

Uma convulsão é a resposta a uma descarga elétrica anormal no cérebro – episódio isolado. O que ocorre durante uma convulsão depende da área do cérebro  afetada pela descarga elétrica anormal. A descarga elétrica pode envolver uma área mínima do cérebro (crise parcial) ou uma grande área (crise convulsiva) - espasmos musculares generalizados).

 

Definição

Atividade elétrica cerebral anormal de um grupo de neurônios.
Distúrbio hereditário - instabilidade do funcionamento neuronal.
Pode ser na estrutura da membrana externa do neurônio, levando a uma instabilidade elétrica.
Lesões no cérebro - hipóxia perinatal, trauma cefálico em qualquer idade.

 

Causas

Febre alta.
Hipóxia cerebral.
Intoxicação por monóxido de carbono.
Distúrbios metabólicos: hipoparatireoidismo, hipoglicemia, hiponatremia.
Tumor cerebral.
Eclâmpsia.
Encefalopatia hipertensiva.
Lúpus eritematoso.
Exposição a drogas ou substâncias tóxicas - álcool, anfetaminas, overdose de cocaína.
Infecção cerebral.

 

Epilepsia

Distúrbio caracterizado por crises convulsivas recorrentes – duas ou mais crises.
São classificadas por suas características.

Variedades.
Crises parciais ou focais.
Antigamente conhecidas como “Pequeno Mal”.
Origem no lobo temporal, frontal ou parietal.
Crises parciais simples – O cliente está acordado, mas é incapaz de controlar o comportamento.

 

Variedades

Crises parciais complexas – há perda da conciência e automatismo – movimentos como mastigação e deglutição.
Crises totais ou generalizadas.
Antigamente “Grande Mal”.
Atingem o cérebro difusamente.
Convulsão tônico-clônica. 
Caracterizam-se por duas fases distintas.


Fase Clônica
Reviramento ocular.
Perda imediata da consciência.
Contração generalizada e simétrica de toda musculatura corporal – braços fletidos, cabeça, pernas e pescoço estendidos.
Duração de aproximadamente.


Fase Tônica
Movimentos violentos, rítmicos e involuntários.
Saída de secreção espumosa pela boca.
Liberação esfincteriada- vesical e/ou anal.
Movimentos tornam-se menos intensos, com intervalos maiores.
Relaxamento corporal.
Período de sonolência – Pós-comicial.

 

Diagnostico

Definição do tipo de crise convulsiva.
Compreensão da causa.
Diagnóstico clínico – exame físico geral e neurológico.
Realização de Eletroencefalograma – EEG.
Ressonância Magnética.

 

Tratamento

Correção da situação causal.
Ressecção cirúrgica da lesão.
Controle com anticonvulsivantes:
Diazepan.
Fenobarbital - Gardenal.
Fenitoína – Hidantal.

 

Assistência de enfermagem

Durante as crises:
Manter extremidades protegidas.
Lateralizar face – evitar broncoaspiração.
Introduzir cânula de Guedel.
Realizar aspiração traqueal.
Não tentar conter movimentos.
Instalar cateter de O2 e oximetria de pulso.
Avisar equipe imediatamente.
providenciar acesso venoso calibroso.


Após cessação da crise
Manter O2 e oxímetro de pulso.
Avaliar condições neurológicas como sonolência (período pós-comicial).
Atentar para níveis de saturação e cianose de extremidades.
Atentar para alterações de frequência cardíaca e respiratória.
Descrever episódio – início e duração.
Medicamentos/ terapêutica adotada.
Promover repouso.
Reduzir estimulação sensorial – luzes e barulho.