HEPATITE C AGORA TEM CURA!
Novo tratamento de hepatite C dá qualidade de vida aos portadores do vírus
Medicação distribuída gratuitamente pelo SUS após julho de 2015 reduz efeitos colaterais e a aumenta a chance de cura acima de 90%.
Uma grande maioria dos portadores de hepatite c crônica, já enfrentaram diversas etapas do tratamento contra a doença que pode causar cirrose e câncer no fígado.
Muitos já foram submetidos a diversas biopsias de fígado para medir o grau da fibrose ( cicatrizes, cirrotização) no órgão.
Nos últimos anos, a terapia passou a incluir injeções semanais na barriga na tentativa de eliminar do vírus C. As aplicações eram parte do antigo medicamento contra a doença ( os chamados Interferons Peguilados e a ribavirina, ora associados a filgastrima e eritropoietina humana em altas doses para correção dos efeitos colaterais dos medicamentos principais).
No entanto, em vez da cura esperada, mais de 50% dos pacientes em terapia sofriam com fortes efeitos colaterais do medicamento composto por comprimidos e injeções periódicas por 48 semanas ou por vezes 1 ano e 1/2. Muitos sofriam com irritação nervosa, lesões de pele e depressão. A medicação podia causar, ainda, outras doenças, como a anemia.
Mas desde julho de 2015, muitos portadores voltaram a acreditar na possibilidade de se ver livre da hepatite C. Foram publicados pelo Ministerio da Saúde a liberação e fornecimento de novas terapias de drogas de uso oral, sem a necessidade de injeções:
Sofosbuvir( Sovaldi®), daclatasvir( Daklinza®), Simeprevir( Olisyo®) e mais recentemente o Viekira Pak® ( ombitasvir veruprevir ritonavir dasabuvir). Distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os medicamentos têm mudado, aos poucos, a vida de portadores da doença.Os mesmos medicamentos podem ser adquiridos através dos seguros saúde ( convênios médicos).
Em 2015, o novo tratamento passou a se importado pelo Ministério da Saúde de Canadá, Estados Unidos e Holanda. O primeiro lote para atender 30 mil pacientes do SUS recebeu investimento de R$ 1 bilhão. O ministério obteve desconto de 420% devido ao volume comprado em relação à média paga por outros países pelos mesmos medicamentos. A Dinamarca, por exemplo, gasta de US$ 82 mil a US$ 92 mil por paciente, enquanto o Brasil investe US$ 9,6 mil em cada tratamento. A hepatite C pode evoluir dos estágios F1 e F2 (fibrose), F3 (fibrose avançada) até o F4 (cirrose). Os portadores da hepatite C no estágio de fibrose F3 e F4 , vão enfrentar o novo tratamento por três a seis meses. Depois desse período, eles devem esperar mais três meses para fazer o exame de carga viral para saber se estarão curados.
A hepatite C pode ter afetado em maior escala os nascidos antes de 1993, quando a doença começou a ser diagnosticada. O principal grupo potencial de infectados são os nascidos entre 1945 e 1965 que fizeram transfusão de sangue, tatuagem ou mesmo os que usaram drogas injetáveis. É sabido que até o esmalte da manicure pode passar a hepatite C, porque ele mantém o vírus vivo por algum tempo.
O SUS passou a fazer o teste rápido de identificação em 2011.
A hepatite C é uma doença silenciosa e grave, que pode se manifestar apenas depois de muito tempo em estado já avançado a partir da cirrose e o câncer no fígado.
Fonte: Ministério da Saúde (http://www.brasil.gov.br/saude)
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