Tumores Benignos
São relativamente menos freqüentes.
O diagnóstico geralmente é feito em estudos radiográficos ou durante uma cirurgia.
Embora o tratamento varie de acordo com o tamanho do tumor, a maioria pode ser retirada cirurgicamente, o prognóstico costuma ser favorável, porém, alguns tumores podem gerar complicações que coloque em risco a vida do paciente, por exemplo: a ruptura e menos freqüentemente a malignisação.
Dentre estes destacam -se:
Hiperlasia nodular focal
Costuma ser um nódulo único, geralmente menor que5cm, de contornos bem definidos.
Hiperlasia nodular regenerativa - transformação nodular
Um distúrbio semelhante a um tumor caracterizado por múltiplos nódulos geralmente com cerca de até 1cm espalhados em todo o fígado.
Adenoma hepatocelular
Ocorre em fígados não cirróticos, geralmente a lesão é única localizando-se em cerca de 65% dos casos no lobo direito. O tratamento é cirúrgico.
Hemangioma hepático
Hemangioma é o tumor hepático benigno mais comum, com incidência em estudos de autópsias variando entre 0,4 a 20 %, e a sua diferenciação com tumores hepáticos malignos primários e secundários é um dilema clínico comum.
São pequenos tumores benignos formados por vasos sanguíneos enovelados.
Surgem durante a formação do embrião, antes do nascimento, podendo ocorrer em diversos órgãos, entre eles a pele e o fígado. Manchas de nascimento vermelhas normalmente são causadas por hemangiomas na pele.
Ocorre em todos os grupos etários, mas é mais freqüente em adultos, particularmente mulheres, com uma relação entre o sexo feminino e o masculino de 5:1. Ocorrem de maneira múltipla em até 50% das vezes.
A maioria dos hemangiomas, especialmente os menores que 4,0 cm, raramente produzem sintomas. Por outro lado, hemangiomas com grandes dimensões têm sido associados a dores abdominais e hepatomegalia. Hemorragia espontânea foi relatada como complicação em hemangiomas hepáticos gigantes.
Não há relatos de malignização em hemangiomas hepáticos. Uma vez diagnosticados, as lesões não tendem a crescer. Vários trabalhos de seguimento evolutivo de hemangiomas por longos períodos (de até sete anos), mostraram estabilidade do tamanho das lesões em mais de 80% dos casos.
O aspecto ultra-sonográfico típico do hemangioma hepático é o de uma lesão hiperecogênica, homogênea, com limites bem definidos.É estimado que aproximadamente 67 a 79% dos hemangiomas sejam hiperecogênicos, e desses, 58 a 73% sejam homogêneos.
A alta ecogenicidade dos hemangiomas à ultra-sonografia (US) parece ser decorrente das múltiplas interfaces entre as paredes dos vários espaços vasculares e o sangue no interior dos mesmos.
Os hemangiomas podem apresentar aspectos atípicos à US em até 45% dos casos. Padrões heterogêneos na ecogenicidade das lesões, que incluem áreas centrais hipoecogênicas ou bordas hiperecogênicas, são devidos a fibrose, trombose e necrose hemorrágica. Um hemangioma pode se apresentar como um nódulo hipoecogênico em um fígado que apresenta infiltração gordurosa difusa (esteatose).
A maioria dos hemangiomas hepáticos não apresentam quantidade significativa de fluxo detectável à US com doppler.
A tomografia computadorizada (TC) têm sido tradicionalmente utilizada para confirmar o diagnóstico de lesões sugestivas de hemangiomas encontradas à US.
A ressonância magnética (RM) tem despontado como método confiável para a caracterização de hemangiomas hepáticos, com acurácia na diferenciação entre hemangiomas e lesões malignas variando entre 85 e 97%.
Nas imagens ponderadas em T1 os hemangiomas podem se apresentar hipo ou isointensos ao parênquima hepático adjacente. Nas imagens ponderadas em T2, o aspecto clássico do hemangioma, presente em 76 a 100% dos casos em diferentes séries, é o de uma lesão acentuadamente hiperintensa, predominantemente homogênea e com limites bem definidos
Para a correta caracterização tecidual e diferenciação entre hemangiomas e lesões hepáticas sólidas malignas (metástases e hepatocarcinoma) é necessário a utilização de imagens altamente ponderadas em T2, utilizando tempos de ecos ao redor de 160 ms. Nestas imagens os hemangiomas tendem a permanecer com alta intensidade de sinal, ao contrário da queda progressiva observada na grande maioria das lesões sólidas malignas.
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