Carga viral
Exame de PCR quantitativo e/ou qualitativo (reação de cadeia em polimerase para o RNA do vírus C).
Identifica-se o vírus que está presente, e se ocorre multiplicação do mesmo.
A carga viral é utilizada como um prognóstico da resposta ao tratamento quando e utilizado o interferon peguilado. Em geral é realizado um exame de carga viral antes do tratamento, um outro na 12ª semana, e nesta mesma semana, quando a carga viral se encontra positiva e não chegou a reduzir 2 log, recomenda-se interromper o tratamento, pois, praticamente, não existem possibilidades de sucesso neste paciente.
E se o valor não foi informado em logaritmo, calcule que aproximadamente cada redução de 1 log e retire o último ZERO do número apresentado no resultado recebido antes do tratamento, por exemplo, se a carga na primeira medição for de 1.000.000, a diminuição de 1 log deverá se situar em 100.000 e se for para calcular uma redução de 2 log o resultado e de 10.000, e assim por diante.
Quando expressado um resultado em cópias/ml, valores acima de dois milhões são considerados altos e abaixo disto são considerados baixos. Se o valor for expresso em UI/ML, o limite para diferenciar carga viral alta ou baixa e de 800.000 UI/ML.
É conveniente lembrar e re-lembrar que a quantidade de vírus nada indica em relação ao dano hepático existente ou a agressividade do vírus ou a progressão da doença. A carga viral só serve para se prognosticar a resposta ao tratamento. Com carga alta o tratamento responde um pouco menos que com cargas baixas.
Com a menor carga viral teremos melhores chances de cura. Ter carga viral baixa ou alta não interessa para qualquer outra coisa. É um desperdício de dinheiro ficar repetindo testes de carga viral em pacientes fora do tratamento com interferon.
Uma alta carga viral aumenta as chances de transmissão durante o parto. Sangue com alta carga viral tem maiores possibilidades de transmitir a hepatite C em caso de acidente biológico. Não foi comprovado que uma alta carga viral possa aumentar as chances de transmissão sexual.
São três os testes utilizados para medir a carga viral. Existe o bDNA que só consegue medir carga viral acima de 500 IU/ML, temos também o PCR QUANTITATIVO, de diversos fabricantes, sendo que os mais sensíveis, e caros, conseguem medir a carga viral acima de 50 UI/ML, proximamente será encontrado no mercado o Bayer TMA, que consegue detectar até 6 UI/ML.
Estar indetectável significa não ter nenhum vírus ou ter um nível mínimo, inferior ao que determinado teste pode detectar.